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Foto do escritorJúlia Lacerda

Então, Coletânea de Entrevistas - Música, Skate & Arte


Eu, Cláudio, conheci o Marcelo Viegas na longínqua década de 90. Andávamos de skate na antiga pista de SBC. Éramos um trio: eu, Viegas e o César “Rena”. Os três aprendendo a dar ollies e flips e, claro, tomando vários tombos. Bons tempos aqueles!

O mesmo Viegas me apresentaria Karl Marx algum tempo depois. E esse foi um ponto de inflexão na minha vida. Mal sabia ele a mudança de rumo que esse gesto simples acarretaria. Saí do curso de engenharia e caí nas Ciências Sociais. Mudança total de mentalidade. Um outro mundo se descortinava.

E eis que, muitos anos depois, meu amigo “das antigas” lança um livro de forma totalmente independente — como faço com meus filmes desde sempre. Parabéns pela iniciativa, cara. É preciso audácia para fazer isso numa terra de poucos leitores.

Eis um trecho pinçado do livro com uma pequena introdução escrita só para o BLOG:

Fabio Massari é uma das figuras mais respeitadas do jornalismo cultural brasileiro. Ou do jornalismo rock, como ele mesmo prefere definir. Com passagens marcantes pelo rádio (89 FM e Oi FM), televisão (MTV), internet (Yahoo Brasil) e mídia impressa, Massari construiu uma reputação digna do seu apelido: Reverendo. Em trinta anos de carreira, entrevistou desde nomes obscuros do underground até gigantes como U2 e Rolling Stones.

Em 2011, eu (Viegas) tive a chance de inverter os papéis e coloquei um gravador na frente do Massari para registrar uma longa entrevista. Além de falar muito sobre música, ele também falou um pouco sobre cinema, e separei esses trechos especialmente para o blog. A entrevista completa faz parte do livro "Então, coletânea de entrevistas (música, skate e arte)", que lancei recentemente de forma independente. Além do Massari, o livro traz outros 34 entrevistados, com destaque para nomes como Dead Fish, Superchunk, Tony Alva, Choque Cultural e Mike Vallely.

Você passou por alguma situação mais tensa na Galeria do Rock?

Algumas vezes, mas, no fim das contas, acabei me saindo bem. Era meio inevitável, cansei de ver treta de gangue. Ali mesmo onde cresci, perto do centro de São Paulo, tinha muita treta. Galera uniformizada, tipo Warriors (risos). O Warriors fez um estrago muito grande, no bom e no mau sentido. O Clemente fala isso no documentário Botinada, que ele saiu do cinema e comprou um canivete na mesma hora. Mad Max também. Fui na pré-estreia do Mad Max e você não sabe como foi no final do filme, naquele dia... (risos). As pessoas saíram transformadas e tudo isso contribuía pra época. Também porque era um tempo em que você estava muito menos exposto à informação. Um negócio desse era um advento! Laranja Mecânica então, quando passou aqui, foi tipo a chegada do anticristo.

Pense numa pessoa que não conhece nada sobre cinema italiano: quais são os três filmes fundamentais para iniciar alguém no assunto?

Um Fellini, pode ser Amarcord. Um western do Sergio Leone, Três Homens em Conflito, com o velho Clint Eastwood. E um Dario Argento, Suspiria, pra acabar com o medo de ver “filme de medo”. Essas perguntas são muito cruéis, depois vou sempre me lembrar de outro filme... (risos).

Você pode comprar o livro aqui:

Sebo Clepsidra: https://goo.gl/oo5U2d


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